quinta-feira, 21 de julho de 2011

Téo quebra o silêncio e diz que está tudo regular

O deputado estadual Téo Menezes (PSDB) nega irregularidades no trabalho das associações. Ele defende ainda que seu pai, Teodorico Menezes, presidente do TCE já estava com férias programadas.

Téo Menezes e a desculpa esfarrapadíssima

Antes tarde do que nunca a entrevista do deputado estadual Téo Menezes (PSDB) à repórter Lucinthya Gomes. Tenta dar ares de normalidade: banheiros foram construídos, associações existem e atuam. Nenhuma surpresa. A manchete do O POVO de sábado dava a sinalização da desculpa que viria. Matérias publicadas terça-feira, ontem e hoje confirmam: entidades são improvisadas, banheiros são erguidos às pressas. Até pessoas encontradas nos locais, apresentando-se em nome das entidades, confirmavam que banheiros não haviam sido construídos. Desde então, tenta-se alterar o cenário, eliminar provas. Criar, em resumo, situação na qual, quando os órgãos fiscalizadores chegarem, não constatem as irregularidades encontradas pelas reportagens. Se não se apressarem, encontrarão cenários visivelmente modificados.

ATESTADO DE REGULARIDADE AO QUE IRREGULAR ESTAVA

O escândalo dos banheiros estourou na última quinta-feira, 14, nas páginas do O POVO. O primeiro caso revelado foi em Pindoretama. R$ 400 mil haviam sido liberados para uma associação cultural fajuta, mas nada de banheiro ser construído. Mesmo assim, o convênio constava como adimplente no Portal da Transparência mantido pelo Governo do Estado. Depois da publicação das notícias, o mesmo portal, agora, mostra o tal convênio como inadimplente. A mudança foi feita na última semana.

Não resta dúvida de que é correto que agora conste a inadimplência. O problema é saber quem, como e por que se atestou, até a semana passada, a regularidade do que irregular estava. Deu-se certidão pública de correção a convênio repleto de problemas. Põe-se em dúvida, dessa forma, o próprio Portal da Transparência. Os demais convênios suspeitos, em Pacajus, Horizonte, Cascavel e Chorozinho, também aparecem, pelo menos depois da divulgação dos casos, como inadimplentes.

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